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sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Por que a Globo divulgou série de reportagens positivas sobre evangélicos?



Esta é a pergunta que todos os evangélicos deveriam estar fazendo, com profundo senso crítico e em oração, diante da recente série de reportagens a respeito da ação social dos evangélicos no Jornal Nacional, e de texto da edição de aniversário da Revista Época, também de propriedade do grupo, sobre o crescimento da igreja e as consequências (também positivas) para a sociedade. A resposta certa, nenhum de nós pode dar de forma absoluta. As razões do coração de donos e editores dos veículos só eles guardam na sua intimidade. Mas algumas possibilidades devem ser relacionadas.

Apesar do fato de a repercussão, independentemente dos motivos da edição, serem muito favoráveis à igreja, com aumento da simpatia da opinião pública, mais crescimento numérico e até recursos para projetos sociais, é preciso que os líderes evangélicos fujam da tentação do deslumbramento com os 15 minutos de fama e aparente simpatia da Globo, até porque não se deve esquecer que esta mesma mídia até bem pouco tempo, às vezes com razão, outras nem tanto, enxovalhou a imagem da igreja evangélica sem dó nem piedade.

Por exemplo, seria ingênuo não pensar na possibilidade de existir por trás desta iniciativa, agora favorável, interesses políticos, comerciais, ou aqueles relacionados à perda de audiência. Outra possibilidade é que o crescimento surpreendente do número de fiéis evangélicos esteja gerando consequências não favoráveis para a empresa em questão e sua disputa com outras emissoras concorrentes, especialmente a que está ligada à Igreja Universal.

Outro fator importante a ressaltar, é o início da corrida para as eleições para presidente e governadores em 2010. E o fato do apoio dos evangélicos ser cada vez mais ambicionado pelas forças políticas, inclusive as financiadas por anunciantes da própria Globo.

Mas a hipótese de motivo das reportagens que desejaríamos seria a de uma decisão livre de reunião de pauta e de reconhecimento sincero do trabalho dos evangélicos pelos editores do jornal. Afinal de contas, foi para isso que, ao longo de muitos meses de trabalho, enviamos, como agência cristã de notícias, a dezenas de jornalistas daquela emissora informações que demonstram o lado outrora pouco divulgado pela mídia não evangélica

terça-feira, 6 de julho de 2010

Filhinho de papai pode ser educado na cadeia

Não tem gentinha pior do que filhinho de papai. É a manifestação mais arrogante de como a vida pode ser injusta. E de como ricos em geral não sabem educar seus filhos.

Sempre lembro do multibilionário Bill Gates comentando que faz questão de que seus rebentos adolescentes lavem a louça após o jantar. Claro que é simbólico. Afinal, eles têm dezenas de empregados domésticos.
Aqui no Brasil isso soaria ridículo entre a granfinagem. Um jovem trabalhar, então, seria motivo de vergonha, até para alguns pais manés da classe média deslumbrada.
E assim vemos um país criando mais uma geração de jovens afortunados e cruéis. Os mesmos que botam fogo em mendigos e estupram meninas de 13 anos como se a maldade fosse um direito de senhor feudal.
O caso dos dois estupradores de Santa Catarina é exemplar (leia mais). Mas no sentido de ser exemplo de como a impunidade é um valor passado de pai para filho. Eles aprenderam a não ter medo da Justiça com quem?
Um é filho de delegado. Autoexplicativo. O outro, do poderoso Sérgio Sirotsky, diretor da RBS, que controla jornais, rádios e as emissoras de tevê afiliadas da Rede Globo em Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Nenhuma surpresa. Eles sabem o que fazem. E tripudiam.
Tão covarde quanto a sevícia de uma menina indefesa é a omissão da imprensa. O silêncio de 40 dias desde o crime tem que ser encoberto pelo clamor de quem ainda sente vergonha da elite sórdida deste país.
A sociedade tem que se mobilizar, e vigiar, para garantir que sejam punidos. Sabemos que a lei brasileira é uma mãe com deliquentes precoces. No máximo, vão cumprir as tais medidas socioeducativas.
Que seja. Melhor do que continuarem achando que são intocáveis em suas vidas desprezíveis. Ou que podem cuspir na nossa cara. Que somos babacas, pobretões.
Mas eu torço para que não se confundam justiça e vingança. Os pais desses bandidos pirralhos devem saber como estuprador é tratado na cadeia. É um crime imperdoável.
Porque os miseráveis que se amontoam nas prisões desse país têm alguma decência.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Lula e a Imprensa


Um texto que descreve as razões para o descolamento da realidade que vemos em nossa mídia:
MÍDIA & PRECONCEITO
A má vontade com o presidente
Por Washington Araújo em 1/6/2010
Não raras vezes sou instado a responder a esta questão: “Por que nossa grande mídia tem tanta má vontade com o presidente Lula?” É tema recorrente nas mensagens que recebo, nas perguntas de estudantes de faculdades de Jornalismo e em almoço com colegas de profissão.
Sou levado a crer que a questão martela a têmpora de nove em cada grupo de 10 pessoas dedicadas a estudar o “fazer jornalístico” no Brasil. Mas até a pergunta comporta diversas variações de intensidade e inflexão. Algumas destas: “Por que a grande imprensa está sempre contra Lula?” E mais: “O que Lula fez para que nossa principal emissora de TV aberta, nossos principais jornais e nossas revistas semanais de maior tiragem lhe fizessem marcação cerrada, expressassem tamanha oposição ao seu governo?” E chega a ser risível esta outra formulação: “Por que será mais fácil nevar em Teresina que a grande mídia mostrar alguma consideração para com Lula?”
Reforçar o preconceito
O certo é que a questão é uma só e desperta a paixão de quem se habilita a respondê-la. A resposta não comporta muro nem esperança de que o muro se mova. Temos aqueles que são rápidos no gatilho verbal e resumem tudo a mero preconceito de classe, preconceito cultural, preconceito social, preconceito lingüístico, preconceito – enfim. Os que concordam com esta tese entendem que não há outra justificativa razoável. Acreditam que os barões da grande imprensa prezam seus ritos, tanto os escritos quanto os verbais; ritos que lhes asseguram ser sua atividade profissional o próprio Quarto Poder e se vêm com poder de influenciar para o bem ou para o mal as políticas de governo. Proclamam seu poder em conquistar corações e mentes tanto para beatificar quanto demonizar autoridades do primeiro escalão. Entendem que faz parte da esfera pública em que atuam a decisão para tratar a cobertura do governo em três modos: “banho maria”, fogo brando ou crestado em altas labaredas. E, por fim, são useiros e vezeiros na arte de criar dificuldades imediatas para vender facilidades midiáticas. Há ainda aqueles que respondem à pergunta sobre a má vontade da grande imprensa para com o presidente com outra pergunta: “Não foi este governo que diminuiu o protagonismo da grande mídia?”
Destacam, então, que não faz muito tempo, coisa de menos de um decênio, era comum no Brasil que o presidente da República, em pessoa, levasse aos barões da mídia suas idéias e até mesmo detalhes do planejamento de políticas públicas de vulto que pretendia levar à realidade. Tudo feito com anterioridade regulamentar, antes de ser do conhecimento de seu primeiro escalão e muito antes de o assunto ser objeto de debate no Congresso Nacional. Mas, como manter as tradições, os ritos e o arraigado teor simbólico das relações mídia-governo se o governo passou a ser visto pelos tradicionais interlocutores midiáticos como não se estando à altura dos desafios postos à sua frente?
Aqueles que nutrem este tipo de preconceito em relação ao presidente desconhecem ou não concordam com a percepção que a experiência substitui o diploma formal. São pessoas que chegam mesmo a expressar concordância e respeito para com o conhecimento dos povos originários do Brasil. Um xamã, uma rezadeira, um manipulador de ervas medicinais pode ter um conhecimento mágico que transcende as leis da medicina. Infelizmente, o presidente da República não pode se beneficiar destas clareiras do pensamento. E não importa se é líder nato, carismático, se destrincha o código de comunicação com as raízes do Brasil. Nada disso importa já que não reforça o preconceito. Simples assim.
O sorriso da aquiescência
Temos também aqueles que justificam essa má vontade do baronato devido às ações do governo para diluir a força da meia dúzia de atores políticos – os que se entendem porta-vozes da “grande imprensa” – e criar espaço para nova gama de atores, os “grandes” das mídias regionais e locais. Aqui, é indispensável citar dados da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom): em 2003, o governo Lula publicou anúncios em 182 municípios, atingindo 499 veículos (incluindo rádio, jornal e TV). Em 2004, esse número subiu para 757 municípios e 2.165 veículos. Em 2006, com 1.358 municípios e 4.451 veículos. Devido a um orçamento menor em 2007, os anúncios veiculados pela Secom caíram para 913 municípios em 3.434 veículos. Em 2008, o governo divulgou peças publicitárias em 5.297 veículos, sendo 2.597 rádios e 297 TVs, número muito superior aos 499 meios de comunicação que recebiam recursos para fins de promoção em 2003. Nesse período, o número de municípios atingidos pelos anúncios do Executivo federal cresceu de 182 para 1.149.
São números estarrecedores para uns poucos e esclarecedores para a vasta maioria da população. Em qualquer atividade empresarial, o bem maior a ser protegido não fica no lado esquerdo do peito, e sim, no bolso. Para se ter uma visão de grandeza dos valores envolvidos, tenhamos em mente que para promover a imagem e as ações do governo nos quatro primeiros meses de 2010, já foram desembolsados R$ 240,7 milhões – 63% a mais do que no mesmo período de 2009. E mais: o orçamento total para a propaganda chega a R$ 700,4 milhões, 29,2% a mais do que no ano passado. Estão de fora dessa conta os valores gastos pelas estatais. Números que falam por si, dando conta que o bolo (da publicidade oficial) começou, de fato, a ser fatiado de forma menos concentradora e mais transparente e os comensais, que em 2003 eram contados a poucas centenas, hoje já chegam aos milhares.
A gritaria é grande, a cara feia, amuada, toma lugar no rosto que antes mantinha monolítico sorriso de aquiescente aprovação e então novas bandeiras passam a ser agitadas aos ventos (e eventos) da ocasião. Porque uma coisa é democratizar o acesso aos veículos de comunicação e outra coisa é convidar mais gente para pegar sua fatia do bolo. Ainda assim, há que se franzir o cenho e partir para cima, não obstante os melhores pedaços do bolo se destinarem às mesmas bocas.
O que a mídia não viu
Explico. Em 2009, a quase totalidade dos milhões de reais investidos em publicidade pelo governo “autoritário e estatizante” de Lula foi destinada aos que integram o consórcio “grande imprensa”: 62% das verbas publicitárias do governo e das estatais foram para as emissoras de televisão, 12% para as rádios, 9% para os jornais, 8% para as revistas, 1,5% para a internet, 1,5% para outdoors e 6% para as outras mídias. Só a TV Globo ficou com quase 60% dos recursos da televisão. Os três principais jornais do país (Folha de S.Paulo, Estado de S. Paulo e O Globo) abocanharam o grosso dos recursos do setor.
Sempre existiu no Brasil uma mídia coberta com a capa da invisibilidade e outra mídia, conhecida como grande mídia, atenta representante das grandes redes de rádio e televisão, das maiores empresas publicadoras de jornais e revistas e dos grandes portais na internet. Esta mídia historicamente detinha 100% da interlocução com o governo. Mudou a forma como o mundo vê o Brasil. E mudou a forma como o Brasil se deixa ver pelo mundo. E foi para melhor. Hoje somos mais bem explicados pela imprensa internacional que pela nacional. E não é só o Brasil que parece ter mudado de eixo. Time, Le Monde, El País, New York Times, Newsweek, Financial Times, Der Spiegel não passam 30 dias sem publicar extensa matéria laudatória (1) ao Brasil como potência do presente e do futuro imediato, (2) a Lula como maior líder político da atualidade ou dos últimos dez anos, (3) explicando a conjunção de fatores que faz o Brasil ser alvo da opinião pública mundial. E não precisa ser muito iluminado para entender que Le Monde, El País e Financial Times são alguns dos jornais deste mundo cujas opiniões contam. Goste-se ou não.
É irônico que o que não se faz em casa se faz fora de casa. Aqui, o governo Lula passaria em brancas nuvens ante o olhar embaçado de nossos grandes jornais e revistas e ante as lentes turvas de nosso telejornal de maior audiência, o Jornal Nacional. Historiadores no futuro terão trabalho para escrever o papel da grande imprensa brasileira no período 2003-2010. Pesquisar nos arquivos será frustrante porque o Brasil impresso mostrará ser visceralmente contraditado pelo Brasil real. Se uma vista d´olhos tiver como escopo a coleção de manchetes diárias dos grandes jornais e as capas das principais revistas semanais de informação, o pesquisador irá detectar que nunca existiu tão grande descompasso entre o que a mídia não viu (e noticiou) e o que a população viu (e vivenciou).
Uma história de vida
Se antes, nos anos 1990, a praxe era repercutir semanas a fio qualquer reverência prestada ao Brasil – e ao seu presidente – partindo de autoridade estrangeira – ou também por ser o Brasil tema de reportagem com viés positivo por seus congêneres midiáticos estrangeiros, hoje se tornou lugar comum deixar passar batido, fazer de conta que os aplausos são para o presidente de Trinidad e Tobago e a aprovação internacional ter como alvo a região onde antes ficava o Congo Belga e, sendo assim, nada mais previsível que passar ao largo, repercutir de forma melancólica e burocrática, em matérias claramente forçadas (o contrário de entusiasmadas). Repercussão feita apenas para cumprir tabela e tentar diminuir a distância abissal a separar nossa opinião pública (da população) da opinião publicada (dos donos dos grandes veículos de comunicação).
E a verdade começa a incomodar: desde 1889, ano em que foi a proclamada a República, até os dias que correm, nunca tivemos um presidente da República tão premiado, festejado, elogiado em fóruns internacionais como o atual presidente. Prêmios de organismos internacionais – como os do sistema Nações Unidas – parecem chegar em penca. O mesmo ocorre com aqueles que lhe são conferidos por entidades como o Fórum Econômico Mundial de Davos, o do governo espanhol, do Centro Woodrow Wilson etc. Mas, nada disso parece demover a grande imprensa de sua posição preconcebida, de fazer vista grossa para o fato que o presidente para chegar ao ponto em que se encontra – desfrutando de aprovação popular interna na oscilando entre 76% e 83% e contando amplo respaldo internacional, e não obstante colocar em jogo essa reputação em bolas divididas com o Irã – tem uma história de vida que, como bem assinalou recentemente editorial da revista americana Newsweek. Publicou a revista que “Lula percorreu um longo caminho do faminto Nordeste do Brasil para a sala da Assembleia-Geral das Nações Unidas, mas o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, conhece cada passo desse caminho”.
Esforços pela paz mundial
Embora soe irônico quando colocado sob perspectiva histórica, não faz muitos anos que a imprensa entrava em êxtase ao noticiar que um presidente brasileiro seria agraciado com o título de doutor honoris causa concedido pela na Universidade de Coimbra. As fotos da solenidade acadêmica preencheriam páginas centrais, as manchetes trariam a marca do deliberado ufanismo como se estivessem noticiando ser um brasileiro o primeiro humano a pisar a superfície de Marte. O contraste é brutal e não dissimulado.
Quando o preconceito embota o juízo humano, a verdade se dilui com a celeridade do orvalho ante os primeiros raios do sol. É fato que nossa grande imprensa prefere se mirar mais no espelho da Universidade portuguesa que no espelho do mundo simbolizado por tão ilustres organismos multilaterais entesourados no sistema Nações Unidas, como a Unesco, o Unicef, a FAO, a ActionAid. A grande imprensa prefere investigar razões ocultas, e não lídimas, para a concessão dos prêmios. Trata-se de performance patética e atrapalhada pelos que detêm o poder real nos meios de comunicação. Porque, já nos ensinava Albert Einstein em meados dos anos 1940, é bem mais fácil rachar um átomo que quebrar um preconceito.
E, no entanto, é a mesma grande imprensa que faz força para entortar o que é direito. E há deliberado esforço nisso. A política externa de Lula é vista com olhos tomados por clara alucinação preconceituosa. Quando não, motivada por absoluta má-fé. Retiram-lhe os créditos por vocalizar os anseios dos países africanos e por ousar criar embaixadas em países em que o PIB é menor que o do estado do Piauí. A ação do Itamaraty só é legítima perante nossa grande imprensa se for destinada a manter o status quo: continuar sua função de habitual anonimato entre os países afluentes que integram o circuito Elizabeth Arden. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil se torna acéfalo, inoperante e fracassado se passa a flertar com o chamado circuito Madre Teresa de Calcutá, convenhamos, circuito infinitamente menos sedutor. Mas por onde trafega 2/3 da humanidade. Cassam os créditos do Itamaraty por haver conseguido protagonismo único no G-20. É quando a grande imprensa forma fileiras (de primeira a quinta colunas) com potências ocidentais, sempre desejosas por novas guerras – forma perversa e rápida de reequilibrar suas finanças, já que armas precisam tanto de guerras quanto guerras precisam de armas. E em seu desejo de empanar o brilho de nossas conquistas no contencioso nuclear envolvendo o Irã e o Ocidente vigora o vale-tudo: opta-se por menosprezar as ações do Brasil conseguindo, em menos de 19 meses, gerar ambiente propício à diplomacia no terreno minado entre o Irã e o Ocidente, terreno que começou a ficar minado ainda naquele período glacial que remonta a 1979, Chama atenção que o Brasil – que tanto se orgulha de sua história de pacifismo –, tantas vezes mencionado em curso de formação para a carreira de diplomata do sisudo Instituto Rio Branco, apareça aos olhos de sua grande mídia como disposto a refugar tão bem sucedidos esforços pela paz mundial.
O passado não se pode mudar
Chega a ser impensável para nossa grande imprensa que o retirante nordestino, praticante contumaz de crimes gramaticais, vítima de adjuntos adnominais e refém de uma cultura cínica e centrada na posse do canudo universitário, possa ser acumular êxitos em tantas frentes: aplicar políticas públicas bem sucedidas a ponto de levar 23 milhões de brasileiros da classe pobre para a classe média em menos de meia década; anunciar (por golpe de sorte, penso) a descoberta de imensos campos petrolíferos na camada do pré-sal; fazer eco ao legado de Getúlio Vargas trazendo à existência legal nada menos que uma CLS, ou seja, uma Consolidação das Leis Sociais; liquidar a histórica dívida do Brasil com o Fundo Monetário Internacional, passando o país de devedor a credor; chamar de marola (e depois provar que tinha razão) a crise de 2008, considerada a pior crise econômica internacional depois da Grande Depressão de 1929, mostrando ao mundo um país com fundamentos econômicos sólidos e com suas contas inteiramente sob controle e, mais que isto, administráveis.
Se no primeiro mandato constava da publicidade governamental blasonar “o orgulho de ser brasileiro”, no segundo já estávamos em outra fase, o de sentir este orgulho. É quando o Brasil é escolhido pela Fifa para sediar a Copa do Mundo de Futebol de 2014, e o Rio de Janeiro, desbancando Chicago, Madri, Tóquio e conquistando o direito de sediar os Jogos Olímpicos de 2016. Fica evidente que se o Brasil tivesse que ser escolhido para ser anfitrião dos dois mais importantes eventos esportivos do planeta contando unicamente com o apoio de sua grande imprensa, com certeza a Copa de 2014 aconteceria nos Estados Unidos e as Olimpíadas de 2016 seriam ou na Espanha ou no Japão. E quem duvidar dessa singela afirmação basta gastar um par de horas pesquisando nos arquivos virtuais das revistas Veja e Época e dos jornais O Globo, Folha de S.Paulo e Estado de S. Paulo. Pesquisar arquivos de nossas TVs de canal aberto exigirá mais tempo, mas o resultado será o mesmo: ainda bem que quem representa a chamada grande mídia brasileira – aquela que se reúne no Instituto Millenium – não é quem representa o Brasil em fóruns internacionais. Uma coisa que não se pode mudar é o passado. E precisamos entender que a história do presente, antes de ser objeto de historiadores, é registrada nas redações de nossos principais veículos de comunicação.
Guardiões do culto acadêmico
A situação chega a ser tão absurda e tão “comprovada” a tal má vontade de nossa grande imprensa para com o governo Lula que a edição do carioca O Globo de 18/3/2010 chegou a publicar a seguinte declaração de Maria Judith Brito, presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ) e executiva do grupo Folha de S.Paulo: “A liberdade de imprensa é um bem maior que não deve ser limitado. A esse direito geral, o contraponto é sempre a questão da responsabilidade dos meios de comunicação e, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. E esse papel de oposição, de investigação, sem dúvida nenhuma incomoda sobremaneira o governo.”
Cabe ao leitor atento, ao internauta antenado e ao telespectador perspicaz perceber que muitas redações parecem trabalhar com as seguintes diretrizes: tratar de confiscar do presidente Lula todas as conquistas de seu governo; procurar dono para essas conquistas; ridicularizar seu discurso de apelo e compreensão fáceis; minimizar suas políticas públicas e, de quebra, enxovalhar sua política externa. Qualquer êxito que lhe seja imputado, antes de sua necessária divulgação, deve passar por rigoroso esquadrinhamento, cerrada investigação e busca incessante por motivações ocultas. A marca da maldade existe – precisa apenas ser encontrada. É nesse contexto que assume novo significado a famosa frase presidencial (revista piauí nº 28, janeiro/2009) dizendo que “o presidente Lula não lê jornal porque lhe dá azia”. E, considerando que o dono da anunciada azia continua bafejado com índice recorde de aprovação popular… não seria razoável imaginar que seria apenas ele, o presidente, a sentir os efeitos indigestos da leitura dos jornais?
No momento em que todos – à exceção da grande mídia – demonstram incondicional aprovação ao governo Lula, é bom que os diversos atores venham à boca do palco despejar toda a verdade. Ao menos de vez em quando, dizer a verdade faz bem à mente e ao espírito. Ao dizer que ler jornais lhe causava azia, será que não estava por trás a mensagem de que ele preferia não se pautar pela agenda da grande mídia?
Não seria esta sua resposta simples, direta, fazendo o trajeto do coração ao fígado derivada dos muitos anos em que foi impiedosamente atacado, ridicularizado, menosprezado pelos guardiões do culto acadêmico?
Seres débeis e mesquinhos
Avancemos mais que pensar não enlouquece ninguém, isso já se comprovou. Os milhões de brasileiros que votaram nele em cinco eleições presidenciais (1989, 1994, 1998, 2002 e 2006) teriam assim procedido graças à sua trajetória intelectual? Ou, então, será que esses milhões que o acompanharam nas vezes em que não subiu a rampa do Planalto e nas duas em que adentraram com ele o Palácio não nutriam admiração por ser ele um operário que abraçou a vida política e a passou a viver para a política?
Teria o seu governo investido menos em educação superior do que qualquer outro governo republicano? E dentre seus antecessores na suprema magistratura (é assim que também se designa o presidente do Brasil), aqueles que possuíam vistosos títulos acadêmicos, reconhecimento intelectual conferido pela Sorbonne IV (Paris), carinho e franco apreço midiátivo, por acaso, fizeram governo melhor, saíram do governo para entrar (em vida) na História?
Como deve ser mensurado o mérito de um líder político? Por que critérios este deve ser avaliado: nos seus deslizes verbais ou nos seus resultados? Na sua atestada autosuficiência intelectual ou por sua prática política fundada no diálogo e na lídima negociação na esfera pública?
E, no vácuo criado pela interdição voluntária dos êxitos do governo, o que deve fazer a grande imprensa? Simples: embaralhar, criar confusão e impedir todo e qualquer debate sobre controle social da informação. Para tanto, nada mais previsível que se apresentem como defensores legítimos da liberdade de expressão, deixando ao governo a ação caluniosa de propor a volta da censura sempre que este se atreva a acenar com a regulamentação dos artigos 221 a 223, da Constituição Brasileira de 1988. Uma coisa é certa: não foram frutos de displicência nem distração dos representantes eleitos pelo povo brasileiro para participar Assembléia Nacional Constituinte. E do que tratam estes dispositivos constitucionais? Tratam das restrições da liberdade de comunicar; da propriedade das empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e televisiva; da concessão e permissão para tais serviços; e, ainda mais, tem o já demonizado artigo 224 da Carta Magna. Este prevê a instituição do Conselho de Comunicação Social. Portanto, agir conforme reza a Constituição, passa a ser encarado crime de lesa-pátria.
Atento leitor: chegará o momento em que não será mais necessário clamar por um jornalismo plural, responsável, sério, veraz, equânime, vacinado contra os males do preconceito e da hipocrisia moral que ganha terreno em nossas relações sociais. E não haverá de se dispensar mais esforço para derrubá-lo porque este tipo de jornalismo está com dias contados e sua queda, de tão podre, mostrará ser inevitável.
O leitor pode bem se comprazer na deleitosa tarefa de entender o jornalismo como espelho-mundo, dotado de visão e fala. Ao crítico da mídia compete um encargo mais melancólico. Cumpre-lhe descobrir a inevitável mistura de erro e corrupção por ele contraído numa longa associação com os poderosos da terra, em meio a uma raça de seres débeis e mesquinhos.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Qual seu maior Sonho?


Quero lhe fazer uma pergunta: Qual o seu maior sonho? Ou melhor, quais são os seus sonhos?
Bem em seu interior, talvez você responda que seu sonho é se casar, comprar uma casa, comprar um carro, ter seu próprio negócio, fazer uma faculdade, conseguir um bom emprego. Ou talvez, quem sabe o seu sonho seja gravar um CD, escrever um livro, ver sua igreja crescer e se avivar, a salvação de sua família ou de um ente querido em especial. Vou além: seu sonho pode ser algo muito simples aos olhos humanos, porém grandioso aos olhos espirituais, como conhecer a Deus na Sua intimidade, por exemplo.
Não importa qual seja seu sonho, o que realmente importa é se, verdadeiramente, este sonho vem do coração de Deus para sua vida. Se assim não for, eu lhe digo por experiência própria: Não vale a pena sonhar. Amado, sonhos humanos nos roubam tempo, dedicação e custam lagrimas que só vão produzir frustração e tristeza.
Somente a realização de um sonho de Deus pode trazer alegria verdadeira ao coração de um adorador, como eu e você.
Compreenda algo: seu o seu sonho é desejo pleno de Deus, nosso Pai, então,  “contraditoriamente” quero lhe informar que ele não é seu. Ele pertence ao Senhor e você é um instrumento que Ele deseja usar para dar vida ao mesmo. É prazer para Deus lhe dar uma casa, converter sua família, ou lhe dar um ministério frutífero. Antes de tudo, compreenda isso. Os sonhos de Deus, somente a Ele pertencem. Nós não passamos de instrumentos para a manifestação da glória do Pai através da realização deles.
 
Foi perguntado, pela enquete SNT, qual seria a melhor forma para concretizarmos sonhos. Diante de 428 votos “ visualizar a conquista e agir” ficou com 46% e mostrou que podemos ter a concretização de sonhos em meio a uma atitude de ação.

Já a segunda alternativa, Orar, obteve 24% e mostrou que a intercessão nos impulsiona a atingir novos patamares de conquistas.
Na conclusão vemos que a solidificação em todos os segmentos depende da fé, oração, sobretudo, de uma planejamento diário que requer, inicialmente, uma atitude de mudança e foco nos objetivos. Determinação, foco, disciplina, tudo isso aliado ao favor de Deus são a chave para a concretização dos sonhos. 
 
Aprendendo a ouvir a voz de Deus, sendo direcionada por ele, e tendo a fé e a coragem para enfrentar a vida, podemos enfrentar desafios que são opostos ao medo.  Ou seja, a coragem é o medo entregue em oração. O importante é que você descubra como o medo não te aprisione.

Temos que ser capazes de chegar a Deus todos os dias. Tenha coragem para correr riscos que é o oposto de medo. Precisamos receber em nossos corações a capacidade de correr riscos para não perdermos as oportunidades que Deus tem para nós.

Infelizmente neste mundo, às pessoas vão ficando cada vez mais desconfiadas. Muitas vezes, não mostram quem realmente são e não mostram a essência, pois aprendem a se esconder. As pessoas se escondem com a depressão, dor de cabeça tensional. No entanto, as pessoas reagem na vida de maneira distinta, ou seja, cada um reage de uma forma.
Muitas vezes não conseguimos aceitar nossas dificuldades, limites e começamos a justificar. O fato de nos comunicarmos e sentirmos é que nos faz ser gente. Quando começamos a negar todos os sentimentos, nós vamos afastando das pessoas, porque temos medo de enfrentar aquilo que escutamos.  Temos que reconhecer a graça de Deus em nossas vidas!
Faça isso hoje, agora mesmo. Seja homem ou mulher, como filho de Deus, toque pela fé em seu ventre espiritual e declare com fé, ousadia e autoridade: “Eu tomo posse de todas as promessas e sonhos de Deus para minha vida. Agora, em nome de Jesus, eu estou engravidando da minha vitória, da minha benção. Já concebi em Cristo Jesus, os sonhos de Deus para minha vida. Amém!”
Se tentaram matar os teus sonhos, sufocando o teu coração, se lançaram você numa cova e ferido perdeu a visão. Não desista, não pare de crer.
Os sonhos de DEUS jamais vão morrer, não desista, não pare de lutar, não pare de adorar. Levanta teus olhos e vê, DEUS está restaurando teus
sonhos e a tua visão. Recebe a cura, recebe a unção. Unção de ousadia, unção de conquista Unção de multiplicação

terça-feira, 18 de maio de 2010

Aff.....Bye Bye SERRA!!!!!!


VOX POPULI: DILMA SOBE; ESTÁ TECNICAMENTE EMPATADA COM SERRA



O Jornal da Band divulgou neste sábado a nova pesquisa Vox Populi para presidente da República.
José Serra (PSDB) tem 34% e Dilma Rousseff (PT), 31%.

Portanto, estão tecnicamente empatados, já que a margem de erro é de 2,2 pontos.

Em relação à pesquisa Vox Populi de janeiro, Serra estacionou.
O candidato tucano tinha 34% e permaneceu nos 34%.
Já Dilma subiu 5 pontos: de 27% para 31%.

"INFELICIDADE É VIVER PARA IMPRESSIONAR OS OUTROS"

Infelicidade é viver para impressionar os outros
Nós nascemos com um potencial infinito de realização. Porém, à medida que vamos sendo educados, durante a infância e adolescência, perdemos a reta original de nossa própria existência.
Deixamos de fazer aquilo que nos realiza e passamos a agir em função dos outros: pais, professores e, depois, toda a sociedade. Nosso objetivo de vida nos é imposto e passamos a condicionar nosso sucesso ao aplauso das pessoas que nos cercam. Para continuar essa aprovação, progressivamente abandonamos nossas vocações e passamos a realizar os desejos alheios.
A maioria das pessoas vive para ser admirada por uma multidão de olhos vorazes que, muito provavelmente, não se cruzarão mais. Quando elas param para perceber o rumo dado a suas vidas, verificam que apenas colecionaram cupons que não servem para nada.
Quem consegue realizar as metas de sua alma é feliz e desperta admiração devido a sua integridade como pessoa. Ao contrário, quem vive para ser admirado sempre será infeliz, porque está deixando de lado o compromisso consigo mesmo.
Não se consegue ser feliz valorizando mais a opinião dos outros do que seus próprios sentimentos. Alguns se sentem infelizes, mas raciocinam: "Se os outros estão aplaudindo é porque estou no caminho certo". E avançam nas suas frustrações.
Você é mais importante do que qualquer julgamento alheio. Para ser feliz, viva para surpreender a si próprio, e não aos outros.
Infelicidade é desperdiçar a vida
Infelicidade é acumular desperdícios.
A maioria das pessoas costuma jogar fora as oportunidades. Não conseguem aproveitar o tempo, não valoriza o amor, não desenvolve a capacidade criativa. Fala-se muito em desperdícios materiais, como energia elétrica, água, dinheiro. Mas o pior de todos é o da vida.
É triste ver pessoas que não sabem utilizar seus talentos, pois qualquer tipo de aptidão exige dedicação para desabrochar, assim como o amor requer cuidados constantes para acontecer em toda a sua plenitude.
A maioria das pessoas, no entanto, passa pelas oportunidades sem lhes dar atenção. Muitas se arrependem por não ter se dedicado ao grande amor de suas vidas; outras, por ter jogado fora oportunidades profissionais.
Quando alguém se dedica a alimentar ilusões,
perde oportunidades.
Quem se propõe a apenas acumular dinheiro perde a oportunidade de conviver com o filho, com a pessoa amada e consigo próprio. Quem se preocupa muito com segurança ignora as oportunidades profissionais e amorosas.
Muitos reclamam dos impostos municipais, estaduais e federais, que consomem parte dos seus rendimentos. Principalmente quando o governo não aplica bem o dinheiro arrecadado, nós encaramos os impostos como um grande desperdício. Mas o pior imposto que existe na vida é o Imposto Sobre Falta de Visão.
Alguém com falta de visão, que não percebe o que realmente é importante na vida, perde amores, empregos, amigos e, o que é pior, a própria vida.
É comum ouvirmos: "Ah, se eu soubesse... se eu tivesse ... se eu pudesse..." Precisamos aprender que as oportunidades são poucas e que não podemos desperdiçá-las; por isso, não podemos perder muito tempo com nossas escolhas.
Muitas vezes, a questão resume-se em pegar ou largar, e para isso devemos estar preparados. Quanto mais rápida for nossa capacidade de analisar e decidir, mais plenamente viveremos.
Nossa vida depende muito de nossas decisões, de nossa capacidade de avaliar o que realmente é importante. A velocidade para descobrir a importância das coisas pelas quais devemos lutar é fundamental.
Há quem sacrifique a vida para conseguir status e poder. No desejo de conquistar títulos e riqueza, sufocam-se os sonhos do coração. É uma grande ilusão.
Quando se pretende impressionar alguém com um carro sofisticado, na verdade o que impressiona é o carro, o objeto, e não a pessoa. Quando se usa o título de doutor, diretor ou presidente para se impor a alguém, é o título que se impõe, não a pessoa.
Você tem mais valor do que qualquer cargo.
Infelicidade é colecionar quinquilharias
Muitos desperdiçam suas vidas colecionando bobagens. Grandes coleções de cursos inacabados, amores frustados, projetos engavetados, centenas de livros não lidos, relações sem afeto, sapatos não usados, casas de praia abandonadas. Há até quem sinta mais orgulho em mostrar sua coleção de vinhos do que em saboreá-los...
No propósito de querer agradar aos pais, muitos abrem mão do que lhes é realmente importante. Desistem de realizar a própria vocação. Por isso começam a colecionar conquistas não para si, mais para os pais. É o caso da criança que não quer estudar balé, mas se rende ao fato de a mãe ter desejado, na juventude, ser bailarina. Para agradar a mãe, começa, então, a colecionar troféus até que, um dia, conclui que nada daquilo contribui para sua felicidade.
Outros habituam-se a colecionar virtudes para conquistar a simpatia alheia. Em vez de ser eles mesmos, passam a ser como Cristo, como Moisés, como Buda, sem perceber que nenhum recomendou que fôssemos iguais a eles, mas que simplesmente fôssemos inteiramente nós mesmos. Todos os ensinamentos desses mestres ajudam-nos a criar a nossa individualidade.
Essas pessoas não questionam o porquê dessas colocações nem se contribuem para sua felicidade. Então, mantêm guardado esse lixo, e justificam: "Bem, quem sabe um dia eu possa usá-lo".
É igualmente o caso dos que fazem regime e emagrecem, mas mesmo assim guardam as roupas do tempo em que eram gordos. "Se eu voltar a engordar...", pensam. Não percebem que aquelas roupas são um incentivo para que voltem a engordar.
É muito importante esse processo de
se desfazer do desnecessário.
Há uma pesquisa do Wall Street Journal que mostra que o executivo norte-americano gasta um tempo enorme procurando objetos que não sabe onde colocou e coisas essenciais em meio a outras sem importância.
Assim, é fundamental definir o que é importante e separar o lixo, para termos uma vida mais fluida.
Essas quinquilharias ocupam o espaço reservado a novas criações. Por exemplo, quando sofremos uma desilusão amorosa, essa frustração ocupa espaço de um novo amor. Por isso, os japoneses dizem: "Para você beber vinho na taça, precisa antes jogar fora o chá". Limpe sua taça!
Além disso, as quinquilharias consomem a energia necessária para construir coisas novas. Ficar remoendo o passado, lamentando o que poderia ter sido feito e não foi, apenas desvia a atenção do presente, onde realmente as coisas acontecem.
As quinquilharias também criam ilusões. Levam a pensar: "Se eu tivesse me dedicado mais, tido mais suporte, o resultado seria diferente". Pura ilusão. O que já foi, já foi. O importante é fazer a limpeza. Em casa, no escritório e, principalmente, no coração.
Deixe as pessoas do passado no passado.
Perdoe-as. Muitos não avançam na vida porque passam o tempo todo culpando pessoas do passado. Perdoe-as. Elas fizeram o melhor que podiam. Está na hora de você decidir o que é melhor para sua vida e colocá-la no rumo desejado.
Mas não confunda: colecionar quinquilharias que não levam a nada é completamente diferente de colecionar boas recordações, momentos de intimidade, superações de desafios, aproximação de amigos, o que ajuda a encontrar a felicidade.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Devocional


"Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós" (Rm 8:18). Não existe ninguém que tenha passado pela vida sem que experimentasse algum tipo de sofrimento: físico, emocional, financeiro, etc.

O sofrimento faz parte do nosso viver.

Bem diz o poeta Fernando Pessoa:
"Quem passou pela vida em brancas nuvens
e em plácido repouso adormeceu.
Quem não sentiu o frio da desgraça,
Quem passou pela vida e não sofreu,
Foi espectro de homem, não foi homem.
Só passou pela vida, não viveu".

Realmente, quem pode dizer que nunca sofreu?
Existem, porém, os que sofrem, se desesperam e sucumbem; e os que sofrem, buscam a Deus e se levantam.
"Eu sou aquele que vos consola" (Isaías 51:12). "O Senhor é também alto refúgio para o oprimido, refúgio nas horas de tribulação" (Salmos 9:9).

Deus nos prova na fornalha da aflição. É através do soflrimento que somos provados (peça o discernimento de Deus, pois nem todos os sofrimentos vem de Deus). Ele nos afirma que nos fará passar pelo fogo e nos purificará, como se purifica a prata, e nos provará, como se prova o ouro (ver Zacarias 13:9).
Não se deixe vencer e nem se abata por causa dos sofrimentos que tiver que passar. Chegue-se a Deus pois aquilo que sofremos agora é insignificante se compararmos com a glória que Ele nos dará mais tarde.

"Bem-aventurado o homem que suporta com perseverança a provação porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que O amam" (Tiago 1:12).
Quais são as nossas expectativas? Qual a nossa esperança? O que nós aguardamos? Talvez você esteja decepcionado porque o Arrebatamento ainda não aconteceu. Você fica irado com Jesus porque continua desempregado? O que pesa em seu coração? Quais os seus questionamentos?
Quais as suas dúvidas? O que deixa você insatisfeito? Jesus diz que “bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço”. Certamente nós também temos muitas razões para estarmos satisfeitos, tranqüilos e consolados, para sermos gratos. Paulo escreveu palavras cheias de consolo aos cristãos em Filipos enquanto estava na prisão, não a partir de um palácio em Roma. Essas palavras até hoje trazem conforto e alento renovado também a nós, que seguimos o Cordeiro – a cada um de nós pessoalmente, independentemente das condições em que vivemos e do que estejamos passando:
“Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos. Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor. Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (Fp 4.4-7).
Deveríamos confortar e estimular uns aos outros continuamente com essas afirmações, assim como João se alegrou sobremaneira com as palavras que Jesus mandou dizer-lhe! Jesus é o Filho de Deus, Ele cuida de nós, a Palavra se cumpre e Cristo voltará como prometeu (Jo 14.2-3; veja 1 Ts 4.16-18). Até que estejamos para sempre na glória com Ele, pratiquemos o que está escrito em Filipenses 4.6: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições...” Então “a paz de Deus, que excede todo o entendimento” guardará nossos corações e nossas mentes “em Cristo Jesus” (v. 7).
Pense
"Não andar ansioso de coisa alguma; quer dizer que em tudo Deus tem um proposito. Você tem que ter fé e saber que vc não vai se afogar neste mar".
 
 
Ore
Deus em nome de Jesus eu te peço nesta manhã que o Senhor venha a criar em mim um coração segundo o seu coração, que eu possa saber que mesmo em meio a tribulação o Senhor está comigo. Deus traz da tua paz e da tua misericordia nesta manhã. Que as minhas expectativas e esperança estejam em ti, tira toda ansiedade e o medo da minha vida. Toda barreira que satanas tentou colocar neste dia, estão quebradas e anuladas em nome de Jesus, Amem.
 
Deus te Abençõe.

Quem vai salvar o bebê?



09/04/2010 — rizzolot
*Por Sara Yoheved Rigler – aish.com
Se alguém no Gueto de Cracóvia jamais teve uma chance de sobreviver ao Holocausto, foi Avraham Shapiro. Aos 22 anos, ele era um jovem inteligente e engenhoso cuja mente tinha sido cultivada durante anos de estudo na yeshivá. Ele sabia que os alemães estavam dispostos a aniquilar todos os judeus, e tomou as precauções necessárias para salvar a si mesmo e seus pais idosos. Conseguiu documentos de identidade falsos de primeira qualidade para os três membros da família, como estrangeiros. Construiu e estocou um bunker num local afastado, por baixo do gueto. Procurou um mapa dos esgotos e planejou uma fuga para o dia em que o gueto seria liquidado. Seu plano mestre era escapar para a Hungria, onde estaria seguro.
Então um dia uma vizinha de 18 anos, Chaya Rivca, bateu à porta de Shapiro segurando um bebê. A criança, com 20 meses de idade e que não podia ficar de pé nem sentar-se por si mesmo, era seu sobrinho Chaim. Seus pais tinham sido mandados para Treblinka. Chaya Rivca sabia que os Shapiro tinham documentos de cidadania estrangeira. Ela calculara que de todos os judeus do Gueto, os Shapiro tinham a maior chance de escapar. Ela tinha abordado a família Shapiro diversas vezes, pedindo-lhes para levar o bebê com eles em segurança, mas eles tinham recusado. Um bebê seria provavelmente algo que colocaria em risco suas próprias chances de sobrevivência.
Porém este dia – 11 de março de 1943 – foi diferente. Chaya Rivca tinha recebido um aviso de que estaria sendo deportada a um campo de trabalho. Ela simplesmente não podia levar o bebê junto. Com soluços de cortar o coração, ela implorou a Avraham, que era o único em casa naquele momento, para levar o bebê. Avraham – o pensador lógico, o planejador cuidadoso – estava preparado para superar os nazistas, mas naquele dia ele superou seu próprio caráter. Como ele declararia mais tarde: “Minha compaixão dominou meu intelecto, e decidi aceitar a criança.”
Quando seus pais chegaram em casa e viram Avraham com o bebê no colo, ficaram consternados. Como podia ele colocar três vidas em perigo por causa de um ato de compaixão impensada? Avraham respondeu que o bebê agora era dele, e ou a criança escapava com eles, ou permaneceriam todos no gueto condenado.
A necessidade imediata de Avraham era forjar uma certidão de nascimento provando que o bebê era seu. Ele conhecia um rabino que tinha um carimbo oficial, mas onde encontrar um formulário? De alguma forma Avraham conseguiu encontrar uma máquina de escrever. Ele jamais tinha datilografado na vida, mas ficou acordado a noite toda, e ao raiar do dia tinha produzido uma certidão de nascimento passável.
“Naquele momento,” escreveu Avraham mais tarde, “nascia um filho para Avraham Shapiro.”
“Todos nós juntos!”
Dois dias depois os alemães liquidaram o Gueto de Cracóvia. Reuniram os judeus numa grande praça e os dividiram em dois grupos para deportação: os jovens para o trabalho, os idosos para asilos, e as crianças para residências infantis. Avraham sabia que tudo não passava de uma farsa. “Jamais acreditei nos alemães e sempre tentei fazer o contrário daquilo que eles diziam.”
Quando alguém tentou tirar o bebê dele, Avraham recusou-se a entregá-lo, gritando: “Todos nós juntos!”
Naquele dia seria impossível alcançar o bunker que ele tinha preparado porque ficava na outra metade do gueto, separado por uma cerca de arame farpado. Avraham entregou o bebê para sua mãe e disse aos pais para não cederem. Ele encontraria um esconderijo temporário e voltaria para apanhá-los.
Após uma busca desesperada, ele encontrou um prédio vazio com degraus que iam da entrada até um porão. Em meio ao perigo, ele conseguiu levar seus pais e o bebê para lá. Avraham sabia que os alemães procurariam em todos os prédios e porões, mas a Divina Providência tinha fornecido a eles uma proteção insuspeita. Alguém no edifício tinha tido problemas de encanamento, e nas circunstâncias desesperadas do gueto não pudera encontrar um encanador. Portanto, tinham enchido um barril enorme com os dejetos do banheiro, e colocado o barril na escadaria. Com grande esforço, Avraham conseguiu virar o barril, derrubando excremento em todos os degraus que levavam ao porão. Ele calculou que os altivos germânicos não estariam dispostos a sujar as botas para procurar judeus.
Naquela noite ele ouviu os alemães entrarem no prédio. Para impedir que o bebê chorasse, o que os denunciaria, eles tinham planejado dar-lhe comida, mas tinham apenas chalá seca sem água para amaciá-la e torná-la comestível. Portanto Avraham e seus pais mastigaram rapidamente a chalá, cuspiram, e alimentaram o bebê com os pedaços amolecidos. Eles ouviram os nazistas reclamando do mau cheiro. Avraham estava certo; eles não se dignaram a descer até o porão.
Foi naquela noite, após a liquidação do gueto, que Avraham tinha planejado escapar através dos esgotos até o “lado ariano” de Cracóvia. Olhando para o bebê, no entanto, ele se viu frente a frente com um dilema. Ele ouvira falar de judeus que tinham fugido pelos esgotos com os filhos, e as crianças tinham sufocado no caminho. Não, decidiu ele, não arriscaria a vida do bebê escapando pelos esgotos. Teria de pensar num plano diferente.
Avraham sabia que eles não poderiam ficar no porão por muito tempo. Eles teriam de ir até o bunker que ele tinha preparado, mas uma cerca de arame farpado bloqueava o caminho. Avraham usando um canivete e força sobre-humana, conseguiu cortar o arame e fazer um buraco na cerca. Correndo sem parar pelas ruas, vazias de pessoas vivas mas coalhadas de corpos de judeus, a família Shapiro conseguiu chegar ao bunker.
Avraham tinha instalado previamente uma lâmpada elétrica, cortando fios da parede de seu apartamento e conectando-os no bunker. No entanto, não havia como canalizar água. Todos os dias Avraham tinha de subir e apanhar água de uma torneira. Um dia foi apanhado, Apesar de seus protestos de que eram cidadãos estrangeiros com os documentos para provar isso, os três e mais o bebê foram enviados à prisão da Gestapo.
O fogo do Amor
Usando uma cigarreira de ouro pesando 250 gramas, eles conseguiram subornar um guarda e sair da prisão. Fugiram imediatamente de Cracóvia para uma aldeia nas proximidades, onde alugaram um quarto para se esconder. Era outono, 1943. A Hungria era praticamente o último país na Europa onde a “Solução Final” não fora implementada. Contrataram um guia para contrabandeá-los pela fronteira até a Eslováquia, e de lá para a Hungria.
Durante a jornada eles se alimentaram de batatas cruas, que mastigavam, regurgitavam e davam para o bebê. A noite do Shabat, 28 de outubro, encontrou-os no meio da floresta próxima à fronteira polonesa. A família estava cansada, com frio, e com medo de ser descoberta. O guia anunciou abruptamente que teriam de passar a noite ali porque não poderiam cruzar a fronteira naquela noite. E sem mais uma palavra, o guia desapareceu.
Os Shapiro começaram a se arrumar para dormir. Avraham, que tinha carregado Chaim o tempo todo, percebeu de repente que o bebê esta mole, silente, e não se movia. Retirou rapidamente as roupas dele e viu que o bebê estava azulado.
Tremendo de medo, Avraham juntou madeira e galhos e acendeu um fogo para aquecer o bebê de volta à vida. Era um ato de requintada irracionalidade. O fogo era um anúncio de seu paradeiro, mas a compaixão de Avraham mais uma vez dominou seu intelecto. Ele segurava o bebê o mais próximo do fogo que podia sem arriscar sua segurança, virando-o de um lado para o outro, enquanto a Sra. Shapiro secava e aquecia as roupas do bebê.
Chaim reviveu. Recuperou a cor e começou a se mover. E Avraham que muitas vezes já tinha arriscado a vida durante o Holocausto, se lembraria desses minutos com medo pela vida do bebê como os mais traumáticos da guerra.
Eles esperaram durante todo o Shabat, perguntando-se se o guia iria voltar. Quando caiu a noite, o guia apareceu. Quando viu as cinzas da fogueira, ficou furioso pela falta de cuidado deles.
Estava na hora de prosseguir rumo à fronteira. Para impedir a repetição da calamidade, Avraham pegou um lençol e amarrou o bebê junto ao peito, de frente para ele. Assim ele podia verificar o bem-estar de Chaim, embora seu campo de visão ficasse prejudicado. Caminhando sobre pedras e terreno acidentado, que não podia ver, Avraham a certa altura tropeçou, rasgando a sola do sapato. Amarrou alguns trapos ao redor do pé e continuou andando. Horas depois cruzaram a fronteira da Eslováquia.
“Para o bem da criança”
Finalmente os fugitivos chegaram a Budapeste. Foram alojados em bairros de refugiados. Uma operária judia, ao saber que eles estavam com um bebê órfão que não era deles, sugeriu que o entregassem à família Schonbrun, um casal judeu religioso sem filhos e muito rico.
No Gheto
Dessa vez o intelecto e a compaixão de Avraham convergiram. O pequeno Chaim, agora com dois anos, era mal nutrido e doentio, e ainda não conseguia sentar-se sozinho. Avraham sabia que o bebê precisava de um lar estável e normal, onde recebesse três refeições por dia e estivesse a salvo do perigo que ainda pairava sobre a família Shapiro. Ele ficou impressionado, não com a luxuosa mobília da casa, mas pelas enormes estantes repletas de livros sagrados. Confiante de que estava fazendo o melhor para Chaim, Avraham entregou o menino aos Schonbrun.
Quando Avraham ocasionalmente encontrava o Sr. Schonbrun na sinagoga e perguntava sobre Chaim, recebia apenas respostas evasivas. Avraham deduziu que o casal não queria que Chaim soubesse de seu passado. “Distanciei-me da família,” escreveu Avraham, “para o bem da criança.”
Em 19 de março de 1944, os alemães dominaram a Hungria. Numa noite de Shabat dois meses depois, Avraham e seu pai foram apreendidos na sinagoga. Foram transferidos de um local para outro até que finalmente foram colocados num vagão de carga fechado que ia para Auschwitz. Com uma faca que comprara de um sapateiro, Avraham conseguiu aumentar o tamanho de uma janela minúscula no vagão. Enquanto o trem corria pela Eslováquia a caminho do campo da morte, Avraham e seu pai saltaram.
Eles passaram o resto da guerra na Eslováquia, disfarçados de gentios. Assim que os russos libertaram a Eslováquia, Avraham e seu pai voltaram a Budapeste, para a casa onde tinham deixado a Sra. Shapiro há quase um ano. Quando abriram e porta, a encontraram sentada à mesa comendo um pedaço de matsá. Era o primeiro dia de Pêssach, a Festa da Liberdade.
A caixa
Apenas uma vez na Budapeste do pós-guerra Avraham avistou o pequeno Chaim. A criança estava andando (sim, andando!) na rua com a babá. “Meus olhos se encheram de lágrimas,” escreveu Avraham em suas memórias, “mas não me aproximei do menino.”
A Hungria comunista não era lugar para judeus religiosos. Pouco depois da guerra, os Schonbrun partiram para a Bélgica, depois Montreal, no Canadá, onde Chaim cresceu e por fim se casou. Em 1950, Avraham Shapiro casou-se e foi morar em Israel.
Porém a trama de suas vidas, tecida junto por uma compaixão mais forte que a lógica ou mesmo o amor à vida, não foi cortada. Avraham procurava sempre se informar sobre Chaim, e a Divina Providência conspirou para que a tia da mulher de Chaim, que morava em Haifa, fosse grande amiga da Sra. Avraham Shapiro.
Alguns anos após seu casamento, Chaim soube por um tio que morava na Bélgica: “Há um judeu em Israel que carregou você da Polônia até a Hungria, e salvou sua vida.” Chaim, no entanto, não tinha idéia sobre a identidade de seu benfeitor, que continuava a observá-lo de longe.
Em 1980, quando contava 39 anos, Chaim levou a família a Israel para o bar mitsvá de seu filho. A tia de sua mulher enviou uma mensagem a Chaim, dizendo que o judeu que lhe salvara a vida se chamava Avraham Shapiro. Avraham então com 60 anos, morava em Haifa e finalmente estava pronto para encontrar Chaim.
Naquele mesmo dia, Chaim tomou um táxi de Jerusalém a Haifa. “Nosso encontro foi bastante emotivo.” relembra Chaim. “Ambos choramos muito, e conversamos durante horas.”
Foi o início de um vínculo afetivo entre as duas famílias. Durante os 27 anos que se seguiram, Avraham tem comparecido aos casamentos de todos os filhos de Chaim, e Chaim tem comparecido aos casamentos de todos os netos de Avraham. “Somos muito, muito ligados,” atesta Chaim. “Eu o considero quase como um pai, e ele me considera um filho.”
O portão do Gueto de Cracóvia
Mas por que Avraham não fez contato com Chaim mais cedo? Por que ele demorou 35 anos para reconectar?
A resposta talvez esteja contida numa caixa. Antes de se separarem naquele dia em 1980, Avraham contou a Chaim: “Tenho algo para lhe dar.” Entregou a ele uma caixa, dizendo: “Esperei 35 anos para lhe dar isso.”
Chaim abriu a caixa e viu que estava repleta de pedaços de ouro. Avraham explicou que antes de a mãe de Chaim ser enviada a Treblinka, ela dera aquela caixa cheia de ouro para a irmã mais nova Chaya Rivca, e encarregou-a de usar o ouro para salvar a vida de seu único filho. Quando Avraham concordou em pegar o bebê, Chaya Rivca transferiu a caixa para ele.
Durante sua fuga da Polônia, a família Shapiro usou seu próprio suprimento de ouro. Avraham foi forçado, relutantemente, a utilizar o ouro do pequeno Chaim. Quando chegaram a Budapeste, nada restava. Isso aborrecia muito a Avraham. “Eu tinha feito uma mitsvá de salvar uma vida,” explicou Avraham a Chaim, “e não queria vender esta mitsvá por quantia alguma de ouro.”
Depois da guerra, assim que Avraham começou a trabalhar, deixava de lado parte de seu salário todas as semanas para comprar ouro. Foram precisos 35 anos, mas finalmente ele tinha a quantia exata de ouro originalmente contida na caixa da mãe de Chaim. Ele entregou a caixa a Chaim, contente por não ter tido nenhum lucro da enorme mitsvá de salvar uma vida. Chaim recusou-se a aceitar o ouro. Avraham doou-o para várias organizações de caridade em Israel, em nome de Chaim Schonbrun.
No Gueto de Cracóvia, a compaixão tinha superado o intelecto de Avraham. Nada jamais superou sua integridade.

Vinny