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terça-feira, 18 de maio de 2010

Aff.....Bye Bye SERRA!!!!!!


VOX POPULI: DILMA SOBE; ESTÁ TECNICAMENTE EMPATADA COM SERRA



O Jornal da Band divulgou neste sábado a nova pesquisa Vox Populi para presidente da República.
José Serra (PSDB) tem 34% e Dilma Rousseff (PT), 31%.

Portanto, estão tecnicamente empatados, já que a margem de erro é de 2,2 pontos.

Em relação à pesquisa Vox Populi de janeiro, Serra estacionou.
O candidato tucano tinha 34% e permaneceu nos 34%.
Já Dilma subiu 5 pontos: de 27% para 31%.

"INFELICIDADE É VIVER PARA IMPRESSIONAR OS OUTROS"

Infelicidade é viver para impressionar os outros
Nós nascemos com um potencial infinito de realização. Porém, à medida que vamos sendo educados, durante a infância e adolescência, perdemos a reta original de nossa própria existência.
Deixamos de fazer aquilo que nos realiza e passamos a agir em função dos outros: pais, professores e, depois, toda a sociedade. Nosso objetivo de vida nos é imposto e passamos a condicionar nosso sucesso ao aplauso das pessoas que nos cercam. Para continuar essa aprovação, progressivamente abandonamos nossas vocações e passamos a realizar os desejos alheios.
A maioria das pessoas vive para ser admirada por uma multidão de olhos vorazes que, muito provavelmente, não se cruzarão mais. Quando elas param para perceber o rumo dado a suas vidas, verificam que apenas colecionaram cupons que não servem para nada.
Quem consegue realizar as metas de sua alma é feliz e desperta admiração devido a sua integridade como pessoa. Ao contrário, quem vive para ser admirado sempre será infeliz, porque está deixando de lado o compromisso consigo mesmo.
Não se consegue ser feliz valorizando mais a opinião dos outros do que seus próprios sentimentos. Alguns se sentem infelizes, mas raciocinam: "Se os outros estão aplaudindo é porque estou no caminho certo". E avançam nas suas frustrações.
Você é mais importante do que qualquer julgamento alheio. Para ser feliz, viva para surpreender a si próprio, e não aos outros.
Infelicidade é desperdiçar a vida
Infelicidade é acumular desperdícios.
A maioria das pessoas costuma jogar fora as oportunidades. Não conseguem aproveitar o tempo, não valoriza o amor, não desenvolve a capacidade criativa. Fala-se muito em desperdícios materiais, como energia elétrica, água, dinheiro. Mas o pior de todos é o da vida.
É triste ver pessoas que não sabem utilizar seus talentos, pois qualquer tipo de aptidão exige dedicação para desabrochar, assim como o amor requer cuidados constantes para acontecer em toda a sua plenitude.
A maioria das pessoas, no entanto, passa pelas oportunidades sem lhes dar atenção. Muitas se arrependem por não ter se dedicado ao grande amor de suas vidas; outras, por ter jogado fora oportunidades profissionais.
Quando alguém se dedica a alimentar ilusões,
perde oportunidades.
Quem se propõe a apenas acumular dinheiro perde a oportunidade de conviver com o filho, com a pessoa amada e consigo próprio. Quem se preocupa muito com segurança ignora as oportunidades profissionais e amorosas.
Muitos reclamam dos impostos municipais, estaduais e federais, que consomem parte dos seus rendimentos. Principalmente quando o governo não aplica bem o dinheiro arrecadado, nós encaramos os impostos como um grande desperdício. Mas o pior imposto que existe na vida é o Imposto Sobre Falta de Visão.
Alguém com falta de visão, que não percebe o que realmente é importante na vida, perde amores, empregos, amigos e, o que é pior, a própria vida.
É comum ouvirmos: "Ah, se eu soubesse... se eu tivesse ... se eu pudesse..." Precisamos aprender que as oportunidades são poucas e que não podemos desperdiçá-las; por isso, não podemos perder muito tempo com nossas escolhas.
Muitas vezes, a questão resume-se em pegar ou largar, e para isso devemos estar preparados. Quanto mais rápida for nossa capacidade de analisar e decidir, mais plenamente viveremos.
Nossa vida depende muito de nossas decisões, de nossa capacidade de avaliar o que realmente é importante. A velocidade para descobrir a importância das coisas pelas quais devemos lutar é fundamental.
Há quem sacrifique a vida para conseguir status e poder. No desejo de conquistar títulos e riqueza, sufocam-se os sonhos do coração. É uma grande ilusão.
Quando se pretende impressionar alguém com um carro sofisticado, na verdade o que impressiona é o carro, o objeto, e não a pessoa. Quando se usa o título de doutor, diretor ou presidente para se impor a alguém, é o título que se impõe, não a pessoa.
Você tem mais valor do que qualquer cargo.
Infelicidade é colecionar quinquilharias
Muitos desperdiçam suas vidas colecionando bobagens. Grandes coleções de cursos inacabados, amores frustados, projetos engavetados, centenas de livros não lidos, relações sem afeto, sapatos não usados, casas de praia abandonadas. Há até quem sinta mais orgulho em mostrar sua coleção de vinhos do que em saboreá-los...
No propósito de querer agradar aos pais, muitos abrem mão do que lhes é realmente importante. Desistem de realizar a própria vocação. Por isso começam a colecionar conquistas não para si, mais para os pais. É o caso da criança que não quer estudar balé, mas se rende ao fato de a mãe ter desejado, na juventude, ser bailarina. Para agradar a mãe, começa, então, a colecionar troféus até que, um dia, conclui que nada daquilo contribui para sua felicidade.
Outros habituam-se a colecionar virtudes para conquistar a simpatia alheia. Em vez de ser eles mesmos, passam a ser como Cristo, como Moisés, como Buda, sem perceber que nenhum recomendou que fôssemos iguais a eles, mas que simplesmente fôssemos inteiramente nós mesmos. Todos os ensinamentos desses mestres ajudam-nos a criar a nossa individualidade.
Essas pessoas não questionam o porquê dessas colocações nem se contribuem para sua felicidade. Então, mantêm guardado esse lixo, e justificam: "Bem, quem sabe um dia eu possa usá-lo".
É igualmente o caso dos que fazem regime e emagrecem, mas mesmo assim guardam as roupas do tempo em que eram gordos. "Se eu voltar a engordar...", pensam. Não percebem que aquelas roupas são um incentivo para que voltem a engordar.
É muito importante esse processo de
se desfazer do desnecessário.
Há uma pesquisa do Wall Street Journal que mostra que o executivo norte-americano gasta um tempo enorme procurando objetos que não sabe onde colocou e coisas essenciais em meio a outras sem importância.
Assim, é fundamental definir o que é importante e separar o lixo, para termos uma vida mais fluida.
Essas quinquilharias ocupam o espaço reservado a novas criações. Por exemplo, quando sofremos uma desilusão amorosa, essa frustração ocupa espaço de um novo amor. Por isso, os japoneses dizem: "Para você beber vinho na taça, precisa antes jogar fora o chá". Limpe sua taça!
Além disso, as quinquilharias consomem a energia necessária para construir coisas novas. Ficar remoendo o passado, lamentando o que poderia ter sido feito e não foi, apenas desvia a atenção do presente, onde realmente as coisas acontecem.
As quinquilharias também criam ilusões. Levam a pensar: "Se eu tivesse me dedicado mais, tido mais suporte, o resultado seria diferente". Pura ilusão. O que já foi, já foi. O importante é fazer a limpeza. Em casa, no escritório e, principalmente, no coração.
Deixe as pessoas do passado no passado.
Perdoe-as. Muitos não avançam na vida porque passam o tempo todo culpando pessoas do passado. Perdoe-as. Elas fizeram o melhor que podiam. Está na hora de você decidir o que é melhor para sua vida e colocá-la no rumo desejado.
Mas não confunda: colecionar quinquilharias que não levam a nada é completamente diferente de colecionar boas recordações, momentos de intimidade, superações de desafios, aproximação de amigos, o que ajuda a encontrar a felicidade.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Devocional


"Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós" (Rm 8:18). Não existe ninguém que tenha passado pela vida sem que experimentasse algum tipo de sofrimento: físico, emocional, financeiro, etc.

O sofrimento faz parte do nosso viver.

Bem diz o poeta Fernando Pessoa:
"Quem passou pela vida em brancas nuvens
e em plácido repouso adormeceu.
Quem não sentiu o frio da desgraça,
Quem passou pela vida e não sofreu,
Foi espectro de homem, não foi homem.
Só passou pela vida, não viveu".

Realmente, quem pode dizer que nunca sofreu?
Existem, porém, os que sofrem, se desesperam e sucumbem; e os que sofrem, buscam a Deus e se levantam.
"Eu sou aquele que vos consola" (Isaías 51:12). "O Senhor é também alto refúgio para o oprimido, refúgio nas horas de tribulação" (Salmos 9:9).

Deus nos prova na fornalha da aflição. É através do soflrimento que somos provados (peça o discernimento de Deus, pois nem todos os sofrimentos vem de Deus). Ele nos afirma que nos fará passar pelo fogo e nos purificará, como se purifica a prata, e nos provará, como se prova o ouro (ver Zacarias 13:9).
Não se deixe vencer e nem se abata por causa dos sofrimentos que tiver que passar. Chegue-se a Deus pois aquilo que sofremos agora é insignificante se compararmos com a glória que Ele nos dará mais tarde.

"Bem-aventurado o homem que suporta com perseverança a provação porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que O amam" (Tiago 1:12).
Quais são as nossas expectativas? Qual a nossa esperança? O que nós aguardamos? Talvez você esteja decepcionado porque o Arrebatamento ainda não aconteceu. Você fica irado com Jesus porque continua desempregado? O que pesa em seu coração? Quais os seus questionamentos?
Quais as suas dúvidas? O que deixa você insatisfeito? Jesus diz que “bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço”. Certamente nós também temos muitas razões para estarmos satisfeitos, tranqüilos e consolados, para sermos gratos. Paulo escreveu palavras cheias de consolo aos cristãos em Filipos enquanto estava na prisão, não a partir de um palácio em Roma. Essas palavras até hoje trazem conforto e alento renovado também a nós, que seguimos o Cordeiro – a cada um de nós pessoalmente, independentemente das condições em que vivemos e do que estejamos passando:
“Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos. Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor. Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (Fp 4.4-7).
Deveríamos confortar e estimular uns aos outros continuamente com essas afirmações, assim como João se alegrou sobremaneira com as palavras que Jesus mandou dizer-lhe! Jesus é o Filho de Deus, Ele cuida de nós, a Palavra se cumpre e Cristo voltará como prometeu (Jo 14.2-3; veja 1 Ts 4.16-18). Até que estejamos para sempre na glória com Ele, pratiquemos o que está escrito em Filipenses 4.6: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições...” Então “a paz de Deus, que excede todo o entendimento” guardará nossos corações e nossas mentes “em Cristo Jesus” (v. 7).
Pense
"Não andar ansioso de coisa alguma; quer dizer que em tudo Deus tem um proposito. Você tem que ter fé e saber que vc não vai se afogar neste mar".
 
 
Ore
Deus em nome de Jesus eu te peço nesta manhã que o Senhor venha a criar em mim um coração segundo o seu coração, que eu possa saber que mesmo em meio a tribulação o Senhor está comigo. Deus traz da tua paz e da tua misericordia nesta manhã. Que as minhas expectativas e esperança estejam em ti, tira toda ansiedade e o medo da minha vida. Toda barreira que satanas tentou colocar neste dia, estão quebradas e anuladas em nome de Jesus, Amem.
 
Deus te Abençõe.

Quem vai salvar o bebê?



09/04/2010 — rizzolot
*Por Sara Yoheved Rigler – aish.com
Se alguém no Gueto de Cracóvia jamais teve uma chance de sobreviver ao Holocausto, foi Avraham Shapiro. Aos 22 anos, ele era um jovem inteligente e engenhoso cuja mente tinha sido cultivada durante anos de estudo na yeshivá. Ele sabia que os alemães estavam dispostos a aniquilar todos os judeus, e tomou as precauções necessárias para salvar a si mesmo e seus pais idosos. Conseguiu documentos de identidade falsos de primeira qualidade para os três membros da família, como estrangeiros. Construiu e estocou um bunker num local afastado, por baixo do gueto. Procurou um mapa dos esgotos e planejou uma fuga para o dia em que o gueto seria liquidado. Seu plano mestre era escapar para a Hungria, onde estaria seguro.
Então um dia uma vizinha de 18 anos, Chaya Rivca, bateu à porta de Shapiro segurando um bebê. A criança, com 20 meses de idade e que não podia ficar de pé nem sentar-se por si mesmo, era seu sobrinho Chaim. Seus pais tinham sido mandados para Treblinka. Chaya Rivca sabia que os Shapiro tinham documentos de cidadania estrangeira. Ela calculara que de todos os judeus do Gueto, os Shapiro tinham a maior chance de escapar. Ela tinha abordado a família Shapiro diversas vezes, pedindo-lhes para levar o bebê com eles em segurança, mas eles tinham recusado. Um bebê seria provavelmente algo que colocaria em risco suas próprias chances de sobrevivência.
Porém este dia – 11 de março de 1943 – foi diferente. Chaya Rivca tinha recebido um aviso de que estaria sendo deportada a um campo de trabalho. Ela simplesmente não podia levar o bebê junto. Com soluços de cortar o coração, ela implorou a Avraham, que era o único em casa naquele momento, para levar o bebê. Avraham – o pensador lógico, o planejador cuidadoso – estava preparado para superar os nazistas, mas naquele dia ele superou seu próprio caráter. Como ele declararia mais tarde: “Minha compaixão dominou meu intelecto, e decidi aceitar a criança.”
Quando seus pais chegaram em casa e viram Avraham com o bebê no colo, ficaram consternados. Como podia ele colocar três vidas em perigo por causa de um ato de compaixão impensada? Avraham respondeu que o bebê agora era dele, e ou a criança escapava com eles, ou permaneceriam todos no gueto condenado.
A necessidade imediata de Avraham era forjar uma certidão de nascimento provando que o bebê era seu. Ele conhecia um rabino que tinha um carimbo oficial, mas onde encontrar um formulário? De alguma forma Avraham conseguiu encontrar uma máquina de escrever. Ele jamais tinha datilografado na vida, mas ficou acordado a noite toda, e ao raiar do dia tinha produzido uma certidão de nascimento passável.
“Naquele momento,” escreveu Avraham mais tarde, “nascia um filho para Avraham Shapiro.”
“Todos nós juntos!”
Dois dias depois os alemães liquidaram o Gueto de Cracóvia. Reuniram os judeus numa grande praça e os dividiram em dois grupos para deportação: os jovens para o trabalho, os idosos para asilos, e as crianças para residências infantis. Avraham sabia que tudo não passava de uma farsa. “Jamais acreditei nos alemães e sempre tentei fazer o contrário daquilo que eles diziam.”
Quando alguém tentou tirar o bebê dele, Avraham recusou-se a entregá-lo, gritando: “Todos nós juntos!”
Naquele dia seria impossível alcançar o bunker que ele tinha preparado porque ficava na outra metade do gueto, separado por uma cerca de arame farpado. Avraham entregou o bebê para sua mãe e disse aos pais para não cederem. Ele encontraria um esconderijo temporário e voltaria para apanhá-los.
Após uma busca desesperada, ele encontrou um prédio vazio com degraus que iam da entrada até um porão. Em meio ao perigo, ele conseguiu levar seus pais e o bebê para lá. Avraham sabia que os alemães procurariam em todos os prédios e porões, mas a Divina Providência tinha fornecido a eles uma proteção insuspeita. Alguém no edifício tinha tido problemas de encanamento, e nas circunstâncias desesperadas do gueto não pudera encontrar um encanador. Portanto, tinham enchido um barril enorme com os dejetos do banheiro, e colocado o barril na escadaria. Com grande esforço, Avraham conseguiu virar o barril, derrubando excremento em todos os degraus que levavam ao porão. Ele calculou que os altivos germânicos não estariam dispostos a sujar as botas para procurar judeus.
Naquela noite ele ouviu os alemães entrarem no prédio. Para impedir que o bebê chorasse, o que os denunciaria, eles tinham planejado dar-lhe comida, mas tinham apenas chalá seca sem água para amaciá-la e torná-la comestível. Portanto Avraham e seus pais mastigaram rapidamente a chalá, cuspiram, e alimentaram o bebê com os pedaços amolecidos. Eles ouviram os nazistas reclamando do mau cheiro. Avraham estava certo; eles não se dignaram a descer até o porão.
Foi naquela noite, após a liquidação do gueto, que Avraham tinha planejado escapar através dos esgotos até o “lado ariano” de Cracóvia. Olhando para o bebê, no entanto, ele se viu frente a frente com um dilema. Ele ouvira falar de judeus que tinham fugido pelos esgotos com os filhos, e as crianças tinham sufocado no caminho. Não, decidiu ele, não arriscaria a vida do bebê escapando pelos esgotos. Teria de pensar num plano diferente.
Avraham sabia que eles não poderiam ficar no porão por muito tempo. Eles teriam de ir até o bunker que ele tinha preparado, mas uma cerca de arame farpado bloqueava o caminho. Avraham usando um canivete e força sobre-humana, conseguiu cortar o arame e fazer um buraco na cerca. Correndo sem parar pelas ruas, vazias de pessoas vivas mas coalhadas de corpos de judeus, a família Shapiro conseguiu chegar ao bunker.
Avraham tinha instalado previamente uma lâmpada elétrica, cortando fios da parede de seu apartamento e conectando-os no bunker. No entanto, não havia como canalizar água. Todos os dias Avraham tinha de subir e apanhar água de uma torneira. Um dia foi apanhado, Apesar de seus protestos de que eram cidadãos estrangeiros com os documentos para provar isso, os três e mais o bebê foram enviados à prisão da Gestapo.
O fogo do Amor
Usando uma cigarreira de ouro pesando 250 gramas, eles conseguiram subornar um guarda e sair da prisão. Fugiram imediatamente de Cracóvia para uma aldeia nas proximidades, onde alugaram um quarto para se esconder. Era outono, 1943. A Hungria era praticamente o último país na Europa onde a “Solução Final” não fora implementada. Contrataram um guia para contrabandeá-los pela fronteira até a Eslováquia, e de lá para a Hungria.
Durante a jornada eles se alimentaram de batatas cruas, que mastigavam, regurgitavam e davam para o bebê. A noite do Shabat, 28 de outubro, encontrou-os no meio da floresta próxima à fronteira polonesa. A família estava cansada, com frio, e com medo de ser descoberta. O guia anunciou abruptamente que teriam de passar a noite ali porque não poderiam cruzar a fronteira naquela noite. E sem mais uma palavra, o guia desapareceu.
Os Shapiro começaram a se arrumar para dormir. Avraham, que tinha carregado Chaim o tempo todo, percebeu de repente que o bebê esta mole, silente, e não se movia. Retirou rapidamente as roupas dele e viu que o bebê estava azulado.
Tremendo de medo, Avraham juntou madeira e galhos e acendeu um fogo para aquecer o bebê de volta à vida. Era um ato de requintada irracionalidade. O fogo era um anúncio de seu paradeiro, mas a compaixão de Avraham mais uma vez dominou seu intelecto. Ele segurava o bebê o mais próximo do fogo que podia sem arriscar sua segurança, virando-o de um lado para o outro, enquanto a Sra. Shapiro secava e aquecia as roupas do bebê.
Chaim reviveu. Recuperou a cor e começou a se mover. E Avraham que muitas vezes já tinha arriscado a vida durante o Holocausto, se lembraria desses minutos com medo pela vida do bebê como os mais traumáticos da guerra.
Eles esperaram durante todo o Shabat, perguntando-se se o guia iria voltar. Quando caiu a noite, o guia apareceu. Quando viu as cinzas da fogueira, ficou furioso pela falta de cuidado deles.
Estava na hora de prosseguir rumo à fronteira. Para impedir a repetição da calamidade, Avraham pegou um lençol e amarrou o bebê junto ao peito, de frente para ele. Assim ele podia verificar o bem-estar de Chaim, embora seu campo de visão ficasse prejudicado. Caminhando sobre pedras e terreno acidentado, que não podia ver, Avraham a certa altura tropeçou, rasgando a sola do sapato. Amarrou alguns trapos ao redor do pé e continuou andando. Horas depois cruzaram a fronteira da Eslováquia.
“Para o bem da criança”
Finalmente os fugitivos chegaram a Budapeste. Foram alojados em bairros de refugiados. Uma operária judia, ao saber que eles estavam com um bebê órfão que não era deles, sugeriu que o entregassem à família Schonbrun, um casal judeu religioso sem filhos e muito rico.
No Gheto
Dessa vez o intelecto e a compaixão de Avraham convergiram. O pequeno Chaim, agora com dois anos, era mal nutrido e doentio, e ainda não conseguia sentar-se sozinho. Avraham sabia que o bebê precisava de um lar estável e normal, onde recebesse três refeições por dia e estivesse a salvo do perigo que ainda pairava sobre a família Shapiro. Ele ficou impressionado, não com a luxuosa mobília da casa, mas pelas enormes estantes repletas de livros sagrados. Confiante de que estava fazendo o melhor para Chaim, Avraham entregou o menino aos Schonbrun.
Quando Avraham ocasionalmente encontrava o Sr. Schonbrun na sinagoga e perguntava sobre Chaim, recebia apenas respostas evasivas. Avraham deduziu que o casal não queria que Chaim soubesse de seu passado. “Distanciei-me da família,” escreveu Avraham, “para o bem da criança.”
Em 19 de março de 1944, os alemães dominaram a Hungria. Numa noite de Shabat dois meses depois, Avraham e seu pai foram apreendidos na sinagoga. Foram transferidos de um local para outro até que finalmente foram colocados num vagão de carga fechado que ia para Auschwitz. Com uma faca que comprara de um sapateiro, Avraham conseguiu aumentar o tamanho de uma janela minúscula no vagão. Enquanto o trem corria pela Eslováquia a caminho do campo da morte, Avraham e seu pai saltaram.
Eles passaram o resto da guerra na Eslováquia, disfarçados de gentios. Assim que os russos libertaram a Eslováquia, Avraham e seu pai voltaram a Budapeste, para a casa onde tinham deixado a Sra. Shapiro há quase um ano. Quando abriram e porta, a encontraram sentada à mesa comendo um pedaço de matsá. Era o primeiro dia de Pêssach, a Festa da Liberdade.
A caixa
Apenas uma vez na Budapeste do pós-guerra Avraham avistou o pequeno Chaim. A criança estava andando (sim, andando!) na rua com a babá. “Meus olhos se encheram de lágrimas,” escreveu Avraham em suas memórias, “mas não me aproximei do menino.”
A Hungria comunista não era lugar para judeus religiosos. Pouco depois da guerra, os Schonbrun partiram para a Bélgica, depois Montreal, no Canadá, onde Chaim cresceu e por fim se casou. Em 1950, Avraham Shapiro casou-se e foi morar em Israel.
Porém a trama de suas vidas, tecida junto por uma compaixão mais forte que a lógica ou mesmo o amor à vida, não foi cortada. Avraham procurava sempre se informar sobre Chaim, e a Divina Providência conspirou para que a tia da mulher de Chaim, que morava em Haifa, fosse grande amiga da Sra. Avraham Shapiro.
Alguns anos após seu casamento, Chaim soube por um tio que morava na Bélgica: “Há um judeu em Israel que carregou você da Polônia até a Hungria, e salvou sua vida.” Chaim, no entanto, não tinha idéia sobre a identidade de seu benfeitor, que continuava a observá-lo de longe.
Em 1980, quando contava 39 anos, Chaim levou a família a Israel para o bar mitsvá de seu filho. A tia de sua mulher enviou uma mensagem a Chaim, dizendo que o judeu que lhe salvara a vida se chamava Avraham Shapiro. Avraham então com 60 anos, morava em Haifa e finalmente estava pronto para encontrar Chaim.
Naquele mesmo dia, Chaim tomou um táxi de Jerusalém a Haifa. “Nosso encontro foi bastante emotivo.” relembra Chaim. “Ambos choramos muito, e conversamos durante horas.”
Foi o início de um vínculo afetivo entre as duas famílias. Durante os 27 anos que se seguiram, Avraham tem comparecido aos casamentos de todos os filhos de Chaim, e Chaim tem comparecido aos casamentos de todos os netos de Avraham. “Somos muito, muito ligados,” atesta Chaim. “Eu o considero quase como um pai, e ele me considera um filho.”
O portão do Gueto de Cracóvia
Mas por que Avraham não fez contato com Chaim mais cedo? Por que ele demorou 35 anos para reconectar?
A resposta talvez esteja contida numa caixa. Antes de se separarem naquele dia em 1980, Avraham contou a Chaim: “Tenho algo para lhe dar.” Entregou a ele uma caixa, dizendo: “Esperei 35 anos para lhe dar isso.”
Chaim abriu a caixa e viu que estava repleta de pedaços de ouro. Avraham explicou que antes de a mãe de Chaim ser enviada a Treblinka, ela dera aquela caixa cheia de ouro para a irmã mais nova Chaya Rivca, e encarregou-a de usar o ouro para salvar a vida de seu único filho. Quando Avraham concordou em pegar o bebê, Chaya Rivca transferiu a caixa para ele.
Durante sua fuga da Polônia, a família Shapiro usou seu próprio suprimento de ouro. Avraham foi forçado, relutantemente, a utilizar o ouro do pequeno Chaim. Quando chegaram a Budapeste, nada restava. Isso aborrecia muito a Avraham. “Eu tinha feito uma mitsvá de salvar uma vida,” explicou Avraham a Chaim, “e não queria vender esta mitsvá por quantia alguma de ouro.”
Depois da guerra, assim que Avraham começou a trabalhar, deixava de lado parte de seu salário todas as semanas para comprar ouro. Foram precisos 35 anos, mas finalmente ele tinha a quantia exata de ouro originalmente contida na caixa da mãe de Chaim. Ele entregou a caixa a Chaim, contente por não ter tido nenhum lucro da enorme mitsvá de salvar uma vida. Chaim recusou-se a aceitar o ouro. Avraham doou-o para várias organizações de caridade em Israel, em nome de Chaim Schonbrun.
No Gueto de Cracóvia, a compaixão tinha superado o intelecto de Avraham. Nada jamais superou sua integridade.

Vinny